Descubra algumas das mais importantes obras de Gaudí em Barcelona, do belíssimo Parque Güell à monumental Basílica da Sagrada Família. Com dicas para seu roteiro!
Foram apenas 48 horas, mas o suficiente para me apaixonar por Barcelona, capital da Catalunha (Espanha) e umas das cidades mais badaladas da Europa. Mas também por Gaudí, arquiteto catalão modernista, reconhecido mundialmente por sua originalidade e inovação.
Não à toa, a história contemporânea da cidade de Barcelona e a história dele estão entrelaçadas. É que as obras de Antoni Gaudí i Cornet (1852-1926) podem ser vistas em toda parte da cidade, do belíssimo Parque Güell, passando por praças e avenidas até a majestosa e imponente Basílica da Sagrada Família (em construção).

Essa humilde jornalista aqui, que já tinha ouvido falar de Gaudí, mas nunca havia se debruçado sobre sua história e obra, pôde aprender in loco, ao vivo e em cores. Claro que não foi o suficiente, mas apenas uma introdução, um delicioso aperitivo.
Por isso, já saí de Barcelona já fazendo planos de voltar e espero que não demore muito! Então vamos lá, compartilhar com vocês o que pude assimilar e registrar em imagens, o que me deixa muito contente.
O Parque Güell de Gaudí em Barcelona

Minha visita mais demorada foi ao Parque Güell, um condomínio residencial de alto padrão que não deu certo. Isso mesmo! Veja só que história interessante essa.. Gaudí foi contratado pelo empreendedor Eusebi Güell Bacigalupi para projetar a urbanização da área, que abrigaria sessenta lotes residenciais.
Então, as obras começaram em 1900, mas, sem sucesso, foram interrompidas em 1914, com apenas duas residências construídas. Uma dessas casas, a casa modelo, se tornou moradia de Gaudí e hoje é a Casa Museu Gaudí.
Poucos anos depois, em 1918, Güel faleceu e logo a área acabou sendo comprada pelo Município de Barcelona, que a transformou em um parque público. E foi em 1984 que o Parque Güell foi considerado Patrimônio Mundial pela Unesco.
Meu roteiro no Parque Güell

E que patrimônio! Acho que levei quase quatro horas para percorrer todo o Parque Güell, com área total de 171,8 mil m2. Mas fiz o percurso com calma, parando nos miradouros para apreciar as lindas vistas de Barcelona, passando pelos viadutos e escadarias.
Nesse percurso pelo Parque Güell também visitei a Casa Museu Gaudí e a Zona Monumental. Essa Zona inclui o Pórtico da Lavadeira, a Casa Larrard, a Casa do Guarda, a Escadaria Monumental, a Sala Hipostila, os Jardins de Áustria e a Praça da Natureza (esta última em obras, por isso não pude entrar, infelizmente).
Contudo, é importante dizer que os acessos ao Museu e à Zona Monumental do Parque são cobrados à parte (5,50 e 8 Euros respectivamente, à ocasião da visita). E são estas as áreas com as obras mais famosas de Gaudí no Parque, mas tem outras muito interessantes também. A seguir, explico por que.
As árvores de pedra de Gaudí em Barcelona

É que é justamente nas áreas sem cobrança adicional aonde estão as obras que achei mais lindas no Parque Güell. Essas obras são a rampa e os viadutos, que começam no acesso Pasaje de Sant Josep de La Muntanya, contornam a Praça da Natureza e seguem até uma parte mais alta do terreno. Em perfeita harmonia e integração com a natureza, estas estruturas são sustentadas por colunas de pedras que se erguem do chão como se fossem árvores.
Isso mesmo! Não cansava de olhar e observar cada detalhe, como o Pórtico da Lavadeira, assim chamado porque uma das suas colunas de pedra compõe a imagem de uma mulher com instrumentos do ofício. E ficaram ainda mais lindos graças aos efeitos de luz e sombra daquela manhã ensolarada na capital da Catalunha.
A grandiosidade da Sala Hipostila no Parque Güell

Embora muita gente eleja o terraço da Praça da Natureza o lugar mais lindo do Parque Güell, acho que a Sala Hipostila, na parte inferior, não fica a dever nada. Esta sala é um espaço coberto sustentado por 86 colunas estriadas.
A ideia de Gaudí era que a Sala fosse um espaço de uso comum dos moradores do condomínio, como um mercado, por exemplo. Mas o destaque é o teto, construído com a técnica da abóbada catalã, onde há pequenas cúpulas revestidas com cerâmica quebrada, esculturas e medalhões coloridos que formam desenhos muito diferentes. Anote-se que a criação deste espaço teve a colaboração de Josep Maria Jujol.
A Escadaria Monumental e a salamandra de Gaudí

Outro ponto muito bonito do Parque Güell é a Escadaria Monumental, parada obrigatória para apreciar a salamandra (ou dragão) de Gaudí. Essa escultura também é recoberta por cerâmica colorida.
Como já contei antes, Gaudí viveu na casa modelo do Parque Güell por anos. Até que, em 1925, ele se mudou para a Sagrada Família (considerado seu mais importante projeto). O objetivo da mudança foi acompanhar as obras da basílica de perto, mas ele faleceu meses depois, em 10 de Junho de 1926, prestes a completar 74 anos.
Gaudí morreu após ser atropelado por um bonde em Barcelona. Seu corpo foi sepultado na cripta da Sagrada Família.
O Museu Casa Gaudí em Barcelona

Desde 1963, a casa no Parque Güell, onde o arquiteto viveu por quase vinte anos, abriga um museu com objetos pessoais e móveis projetados por ele. Sim, Gaudí projetava móveis e outros objetos também. Toda a renda obtida com a venda de ingressos do Museu é revertida às obras da Sagrada Família.
No Museu, entre as coisas que mais me chamaram atenção está justamente uma pequena maquete da Sagrada Família, exposta em uma sala cercada de janelas com vista para o parque e a cidade de Barcelona. Mas são muito interessantes também as cadeiras criadas por Gaudí, que parecem bem confortáveis.
Entre os espaços recriados no Museu estão o quarto, o banheiro e um oratório do arquiteto, que era um católico devotado. No jardim do Museu também pode-se observar algumas peças de ferro confeccionadas por ele.

Gaudí foi nomeado arquiteto responsável pelas obras do Templo Expiatório da Sagrada Família em 1883. A nomeação de Gaudí aconteceu pouco depois do início das obras do templo religioso, em 1882. E as obras seguem até hoje, com conclusão prevista para 2026.
Outras obras de Gaudí em Barcelona

Entre outras obras de Gaudí em Barcelona, que pude ver de passagem nessa viagem, estão a Casa Batló, edifício situado no Passeio de Gràcia que foi remodelado por Gaudí em 1903; e a Casa Milà (ou La Pedrera), também no Passeio de Gràcia, prédio projetado por Gaudí em 1906. A Cynara Vianna visitou o interior de La Pedrera e conta tudo no blog Cantinho de Ná!
Vi, ainda, duas luminárias projetadas pelo então jovem arquiteto na Praça Real, que fica no Bairro Gótico. Mas reconheci essa obra de Gaudí de pronto, já que o estilo singular e extravagante dele difere de tudo ao seu entorno.
Em Barcelona, também visitei o Museu Picasso e o Castelo de Montjüic. Andei por La Rambla, Passeio de Gràcia, Bairro Gótico, pela Praia de Barceloneta e Praça de Catalunha. Em outro post, conto toda a experiência desse roteiro de dois dias em Barcelona!
Dicas para ir a Barcelona

- Embora a sinalização dos locais turísticos seja ótima em Barcelona e as pessoas sejam atenciosas aos pedidos de informação, poder guiar-se por um GPS te fará ganhar tempo. Por isso, uma boa opção é já embarcar com um chip de viagem internacional, que você recebe em casa e ativa quando chega ao destino.
- Se possível, use o transporte público de Barcelona, sai muito em conta. A rede de metrô é ótima, te leva a praticamente toda a cidade e funciona até a meia noite durante a semana e até as 2h às sextas e sábados. Os ônibus são novos, confortáveis e tem Wi-fi. Os cartões de transporte são vendidos na entrada da estação de metrô do aeroporto (auto-atendimento).
- Os moradores de Barcelona falam Catalão, idioma oficial da cidade, e Espanhol (Castelhano), mas você pode se comunicar com eles em Inglês ou até se virar com um “portunhol”, rs.
- O aeroporto fica em uma região afastada do centro da cidade de Barcelona, então saia com bastante antecedência quando for pegar o voo de volta.
- Se for ao Parque Güell, comece a visita pela entrada principal, que dá acesso à Zona Monumental. E pegue uma condução até a entrada, pois a subida é considerável. Mais abaixo, veja como foi minha experiência de hospedagem em Barcelona!
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Onde ficar em Barcelona
Em Barcelona, fiquei hospedada em um hotel no Bairro de Gràcia, o Catalonia Parque Güell. O quarto do hotel era pequeno e simples, mas limpo e confortável. O principal motivo da escolha desse hotel foi a proximidade ao Parque, prioridade no meu roteiro, mas um pouco distante dos outros locais turísticos da cidade.
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Putz, em Barcelona a gente tropeça em história. Muito legal… baita vontade de conhecer.
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Sim.. e além de Gaudí tem muito mais! É maravilhoso!
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Está aí um destino que não conheço, mas que é um dos primeiros da minha lista. E as obras de Gaudí não perderei, com toda certeza, alías, Barcelona respira Gaudí, não é? Beijos.
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Sim! Ah, Gaudí é incrível. E a cidade é linda! Na minha também, viu, quero voltar com mais tempo para explorar mais. Bjs
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Acho que Barcelona e Gaudí são dois nomes que caminham juntos, impossível ir a Barcelona e não se deixar envolver e se encantar.
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Verdade! Lá a gente respira Gaudí e isso é mesmo mágico.
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Também ficamos 2 dias em Barcelona e como você nos apaixonamos pela cidade. Pretendemos voltar e ficarmos mais uns 4 dias para aí sim dizermos que conhecemos melhor a cidade.
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Ah, que legal! Acho que Barcelona merece uma semana, viu. Muita coisa boa pra ver e viver.
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Michele, já li muitas coisas sobre Barcelona e Gaudi, mas seu texto transmitiu tanta admiração pelo que viu que vai com certeza inspirar muita gente a seguir seus passos. Um dia eu vou!
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Que bacana, Marcia! Foi muito especial, mesmo. E Barcelona vale muito a pena!
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Ainda não conheço Barcelona, mas sou apaixonada por história e adoraria conhecer de perto tudo isso que nos apresentou. Obrigada!
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Vai amar, com certeza! Obrigado pela visita, Eloah! Volte sempre.
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