Relato de viagem de duas amigas, descobrindo o Recôncavo pelas estradas baianas. Ao volante, fizeram o próprio caminho, viram belas paisagens, vivenciaram a história e cultura locais.

Dorival Caymmi perguntou lá atrás: “você já foi à Bahia, nêga? Não? Então vá!”. Eu já tinha visitado umas quatro vezes, incluindo Porto Seguro, claro, e Salvador, mas dessa vez, quando Adriana Miranda, uma amiga muito querida e colega de profissão, e eu decidimos viajar juntas quis realizar um antigo desejo: conhecer o Recôncavo Baiano.

Afinal, não é só de praia que o Brasil vive e há tantas paisagens e mundos diferentes nesse nosso interior! E lá fomos nós, conhecer Cachoeira, São Félix, Santiago do Iguape, São Francisco do Conde e Santo Amaro.

Mas o principal foi a estadia na comunidade quilombola Kaonge, onde fomos muito bem recebidas pelos representantes do Núcleo de Turismo Étnico Rota da Liberdade.

Tudo aconteceu agora, em janeiro de 2018. Nada como começar o ano fazendo uma viagem por lugares que ainda não se conhece. Saímos do aeroporto de Salvador por volta da meia-noite, já com o carro alugado, e seguimos para o hotel.


<a href="//www.rentcars.com/pt-br/localidades/brasil/salvador-bahia/?requestorid=1068&utm_source=embarque40mais.com%2F&utm_medium=afiliado-link&utm_campaign=Bahia&utm_content=Posts%20Bahia%20Regina" target="_blank"><p>Rentcars</p>Traseira de carro e horizonte

No volante, pelas estradas baianas

Rua com fachadas de construções antigas: descobrindo o Recôncavo pelas estradas baianas.
Cachoeira (BA): casarões e casas com gradis

Acordamos cedo, animadas para pegar a BR 324 em direção à comunidade quilombola. A estrada é boa e sem sustos. Para descansar e esticar as pernas, paramos no Meu Café da Manhã, um bom lugar para almoçar também, apesar do nome. Bem estruturado, agradável e com estacionamento.

Seguimos em direção à Cachoeira, com o auxílio do Waze, porque nosso destino na realidade era Kaonge. Mas teve um detalhe: não aparecia a comunidade no aplicativo.

Então, na dúvida, seguimos para a cidade e tivemos a grata surpresa de nos deparar com uma arquitetura secular, cheia de casarões e casas com gradis e janelões, que devem ter sido lindos, imagino.

Infelizmente, em muitas dessas construções resta somente a fachada. Mais para frente contarei detalhes da cidade.

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A caminho do quilombo

Mulher com praia ao fundo
Regina, durante viagem à Bahia

Almoçamos em Cachoeira e saímos em busca do caminho para o quilombo. Foi então que nos disseram que tínhamos que voltar aproximadamente 38 quilômetros, pela BR 420, e entrar na BA 880.

Meio sem saber a localização correta, entrei na primeira pista de terra que tinha uma placa de madeira com inscrições das comunidades quilombolas que podem ser acessadas por ali. De teimosa, pois bem que a Adriana disse que não estava escrito “Kaonge”.

Mas isso que é bom, você segue e volta, o importante é tentar ir conhecendo, sem horário, sem rota. Assim, a gente consegue ver outras coisas fora do “cardápio”. Depois de pedir ajuda a um rapaz na estrada, seguimos até a segunda placa de madeira e, finalmente, chegamos à Kaonge, onde já nos esperavam!

Assim terminou nosso primeiro dia de viagem, descobrindo o Recôncavo pelas estradas baianas. Com uma conversa ao pé da árvore com as mulheres da comunidade e uma cerveja gelada para limpar a garganta. No próximo post, conto nossa experiência na comunidade quilombola Kaonge.

  • Em viagem à Bahia, você também pode aproveitar as dicas do Diego, do blog Uma Viagem Diferente, sobre o que fazer em Salvador. (nota da autora do Blog, Michele da Costa)

Referências:

A autoria e propriedade das fotos deste post são da jornalista profissional Regina Rocha Pitta (direitos reservados). Ela esteve na Bahia em janeiro de 2018.