Quanto custa comer e fazer passeios em viagem a Portugal? E a internet, como funciona? Minhas experiências e dicas simples para aproveitar mais e gastar menos em Lisboa (PT) e Barcelona (ES).

Mulher sentada à mesa, com taça de vinho e prato com posta de bacalhau, batatas e couve.
Encantada com a beleza e aroma do Bacalhau aos Murros: Uma das especialidades da culinária portuguesa

Malas prontas, tudo certo e, enfim, embarcamos naquela viagem internacional que a gente tanto queria! Mas é só desembarcar e já descobrimos que faltou alguma coisa no planejamento.

Foi assim comigo, marinheira de primeira viagem, como diria minha avó, quando cheguei a Lisboa (Portugal). Me dei conta de que não tinha pesquisado o suficiente sobre os serviços de internet e telefonia, que iria precisar tanto, tampouco sobre onde comer e quais passeios iria fazer ao certo.

Tive que explorar e descobrir tudinho in loco. É, não sou uma pessoa viajaaada, como alguns blogueiros top master e jornalistas especializados em turismo. Essa foi minha primeira viagem internacional, aos 44 anos. Por isso, o que ofereço aqui são opiniões sinceras de alguém curioso, que ama conhecer lugares novos e contar histórias. Espero ajudar um pouquinho.. Vamos lá!

Rosto de mulher, com sala azulejada ao fundo.
No Palácio Nacional de Sintra (Portugal)

Comunicação

As principais operadoras de internet e telefonia móvel em Lisboa são Vodafone, Meo e Nos, com chips/ planos decentes a partir de 7 Euros por 15 dias. Em Lisboa, usei a Vodafone, que funcionou muito bem, mas como o chip que tinha não funcionaria fora de Portugal, quando fui a Barcelona optei por levar um chip da Meo (um pouquinho mais em conta) e me dei mal.

Naquela correria, tentei várias vezes e não funcionou, não havia loja da empresa na cidade e, na volta, como eles conseguiram instalar o chip no meu celular, não me reembolsaram. Conclusão: fiquei sem comunicação por quase três dias e perdi 10 Euros.

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Na padoca: Risoto + chopp + café a 10 Euros

Então, se for a outros países da Europa, sugiro já escolher uma operadora ou plano que funcione e ofereça suporte em todos os seus destinos. Depois soube que há serviços que podem ser adquiridos antes mesmo da viagem, aqui no Brasil, que a gente recebe em casa.

Claro que dá pra ativar o roaming da sua operadora do Brasil, para que seu chip funcione no exterior, mas isso costuma sair consideravelmente mais caro. Consulte seu agente de viagens!

Em hotéis, pousadas e até mesmo alguns locais públicos costuma ter rede Wi-fi gratuita, mas por segurança não aconselho usar para acessar bancos e fazer compras. Ah, e leve um clipe (desses de papel), que é ideal para abrir o compartimento do celular onde o chip deve ser colocado ou trocado, mas a ponta de um brinco também pode servir. Descobri depois de padecer tentando de tudo, rs.

Prato de bacalhau com batatas aceboladas e azeitonas.
O Bacalhau à Narcisa, do João do Grão

Alimentação

Dá pra fazer uma boa refeição em Lisboa sem precisar gastar horrores, com valores que variam de 5 a 25 Euros, da boquinha rápida na padaria da esquina ao restaurante tradicional à la carte.

Como minha estadia foi longa e a grana curta, eu tive que economizar, mas também foi ótimo para conhecer o que os portugueses comem no seu dia-a-dia, em restaurantes e lanchonetes fora da zona turística, e não é aquele bacalhau gourmet.

Conversando com uma moça do interior, muito simpática, que conheci na pousada, soube que na real o bacalhau vai à mesa das famílias comuns portuguesas somente em datas festivas, como o Natal. Carne vermelha também é pouco comum, pois é importada, portanto mais cara.

Come-se com mais frequência carne de porco e de peru, cuja popularidade e preço são semelhantes às do frango no Brasil, mas, cá entre nós, peru é muito melhor, né?  A maioria das refeições que fiz custaram em média 10 Euros.

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O delicioso Bacalhau com Natas, do D’Bacalhau

Se estiver hospedado em local com cozinha, também dá pra economizar preparando algo rápido ou comprando comida pronta em supermercados, que só precisa aquecer, por 2 a 3 Euros. Fiz isso várias vezes no jantar. Concluindo, é possível passar a maior parte dos dias gastando 15 Euros ao dia com alimentação. Mas é claro que não dá pra conhecer a cultura de um povo sem provar sua culinária tradicional.

Mulher sentada em poltrona, com taça de sorvete à mesa.
Provando sorvetes especiais em Lisboa

Então, experimentei, sim, algumas delícias locais, como variados pratos preparados com bacalhau e os pasteizinhos de nata, em Portugal; a paella espanhola e os churros com chocolate quente, em Barcelona. Hummm…Em ambos os países, essas delícias ao custo de 20 a 25 Euros por refeição, inclusos bebida e sobremesa.

Em Lisboa, recomendo dois restaurantes onde comi muito bem várias vezes, com bom custo-benefício: O D’Bacalhau, no Parque das Nações, que oferece uma grande variedade de preparo, mas o meu preferido foi o “Bacalhau com Natas”, um tipo de escondidinho de lascas de bacalhau com molho branco (natas= creme de leite); e o João do Grão, no Centro Histórico (região da Baixa), com destaque para o “Bacalhau à Narcisa”.

Construção antiga, em forma de torre, com rio ao fundo.
A Torre de Belém, em Lisboa

Passeios

As entradas para a maioria dos museus e monumentos históricos da região de Lisboa e em Barcelona podem ser adquiridas antecipadamente via Internet (sites oficiais autorizados), o que pode sair um pouco mais barato e garantir acesso no dia e hora desejados. No site da Parques de Sintra, que administra os palácios e parques turísticos de Sintra (Portugal), por exemplo, os ingressos saem com 5% de desconto.

Como não sabia ao certo quando iria a cada local, comprei alguns na hora e em outros tive acesso livre como jornalista/ imprensa. Dos lugares que visitei, os valores dos ingressos variaram de 2 a 15 Euros.

Há também a possibilidade de sua estadia coincidir com datas em que a visitação é gratuita, a exemplo do Museu Picasso (Barcelona), todas as quintas-feiras das 18h às 21h30; no primeiro domingo de cada mês, das 9h às 20h30; e nos dias 18 de maio e 24 de setembro.

Visão de pátio interno de construção antiga, com escada, janelas, portas e vegetação.
Pátio interno do Museu Picasso, em Barcelona (Espanha)

Ou, ainda, oferecer gratuidade a determinados profissionais (como dos segmentos de Patrimônio e Turismo) e idades (até 12 anos) na Torre de Belém, em Lisboa. Agora, se não quer preocupação, uma boa opção é comprar antecipadamente passeios que incluam os ingressos, além de transporte e guia turístico em alguns casos.

Saiba mais sobre valores e gratuidades no Museu Picasso
Saiba mais sobre valores e gratuidades na Torre de Belém

  • Michele da Costa é jornalista e autora do blog. A viagem dela durou 35 dias, dois deles em Barcelona (Espanha), entre outubro e novembro de 2017. Fotos autorais.

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