Seleção com onze museus para ver dinossauros no estado de São Paulo. Curiosidades, principais atrações, como e quando ir.

Se você é do tipo que adora ver e saber sobre a vida desses gigantes que dominaram a Terra há milhões de anos, vai gostar disso! Uma lista com onze museus paulistas para descobrir o mundo dos dinossauros. A maioria deles com entrada gratuita ou valor simbólico!

Mas antes de explorar esta seleção de museus para ver dinossauros, vamos contar algumas curiosidades sobre eles, a partir de informações obtidas do Museu de Zoologia da USP (Universidade de São Paulo). Então, os dinossauros surgiram há aproximadamente 230 milhões de anos e dominaram os ecossistemas do planeta por nada menos que 160 milhões de anos!

Para ter ideia do que significa isso, nossa espécie, o homem moderno (homo sapiens) surgiu há apenas 150 mil anos. Só que, como sabemos, humanos e dinossauros não coabitaram a Terra, já que a maioria dos gigantões foi extinta há 66 milhões de anos.

Extinção dos dinossauros não foi a maior

Essa extinção em massa, que praticamente eliminou os dinossauros da face da Terra, é a mais conhecida, mas não a maior da história. Pois é, a maior foi há aproximadamente 250 milhões de anos, no final do período Permiano, que acabou com 95% de todas as espécies de vida do planeta.

Mas as causas das extinções foram variadas, como meteoros, vulcanismo ou mudanças climáticas, a exemplo das que estamos começando a perceber agora. Isso nos faz pensar sobre como, em tão pouco tempo, a espécie humana já demonstra seu poder de destruição. 

“Estima-se que as intervenções humanas estejam promovendo um novo evento de destruição em massa”, advertem os responsáveis pelo Museu de Zoologia da USP, em informações expostas no local. O Museu reúne um dos maiores acervos zoológicos da América Latina, incluindo exemplares de dinossauros.

Evidências indicam que aves são únicos ‘descendentes’ de dinossauros

Reconstrução osteológica de dinossauro, no Museu de Zoologia da USP.
Por dentro de um Tapuiassauro, no Museu de Zoologia da USP. Réplica de Velociraptor ao fundo

Só que nem todos os dinossauros teriam sido extintos, algumas espécies teriam sobrevivido e evoluído. Mas a única linhagem de dinossauros que teria sobrevivido até hoje é a das aves. Assim, a maioria dos pesquisadores acredita que as aves evoluíram de dinossauros do gênero Theropoda, que inclui o Velociraptor.

Isso porque são muitas as semelhanças entre os ossos das aves que conhecemos e os Theropoda, além de evidências de plumagens em fósseis de dinossauros. O Velociraptor viveu no período Cretáceo, há 75 milhões de anos.

Outra curiosidade é sobre os Pterossauros. Embora filmes de ficção os mostrem junto com Tiranossauros, Velociraptors e outras espécies, eles não eram dinossauros nem aves. Os Pterossauros eram vertebrados adaptados ao voo, com asas que partiam de extensões dos ossos do pulso e do dedo mindinho. 

Então agora, que já sabemos um pouco sobre esses seres incríveis, vamos à seleção de museus para ver dinossauros de perto e aprender muito mais sobre eles! Os três primeiros da lista ficam em São Paulo, capital do estado.

Museu de Zoologia da USP tem esqueletos de dinossauros

Museu Zoologia da USP
Esqueleto de Tapuiassauro, no Museu de Zoologia da USP

Vamos começar pelo mais antigo, o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP). O acervo começou a ser formado em 1890 e conta hoje com 12 milhões de exemplares, mas apenas mil estão em exposição permanente. 

Entre eles, destaca-se o esqueleto de um Tapuiassauro, um dinossauro herbívoro gigante, com quase 12 metros de comprimento. Essa espécie viveu há mais de 120 milhões de anos na região onde hoje é o norte de Minas Gerais. 

Mas no Museu de Zoologia da USP há mais exemplares de dinossauros, entre esqueletos e alguns ossos. Pois então, outro muito interessante é o esqueleto de um Carnotauro (foto destacada no início da publicação), que viveu na Argentina há 72 milhões de anos. A espécie é da linhagem dos Theropoda, que inclui o Tiranossauro, o Velociraptor e todas as espécies de aves.

Então, uma boa dica é dar uma espiada no tour virtual do Museu de Zoologia da USP, para ter ideia de como é a visita presencial.

Como e quando ir ao Museu de Zoologia da USP

Museu Zoologia da USP é perfeito para ver dinossauros
Quando for ao Museu Zoologia da USP olhe para o alto

O Museu de Zoologia da USP funciona de quarta-feira a domingo, das 10h às 17h, com entrada até as 16h30. Os ingressos custam R $10 (inteira) e R $5 (meia), temporariamente gratuita para todos até final de Maio.

Mas é obrigatória a apresentação do passaporte da vacina (impresso ou virtual) acompanhado de documento de Identidade com foto para entrar no Museu. Além disso, o uso de máscaras também é exigido durante a visita. 

O Museu de Zoologia da USP fica na Avenida Nazaré, 470 A, bairro do Ipiranga. Mais informações: visitasmz@usp.br ou pelo WhatsApp (11) 95667-2261.

Mais museus para ver dinossauros na capital de SP

Outro desta lista de museus para ver dinossauros é o Museu de Geociências da USP, criado em 1934. Então, logo na entrada há uma enorme réplica de esqueleto de um Allosaurus fragilis. Enorme porque esse dinossauro tinha, em média, 12 metros de comprimento e 3,5 m de altura, e viveu entre 140 e 147 milhões de anos atrás. 

Mas, entre as atrações do Museu também está o terceiro maior meteorito caído no Brasil, o Itapuranga. O Museu de Geociências fica no primeiro andar do prédio da Faculdade, onde estão expostas 5 mil peças. O endereço é Rua do Lago, 562, na Cidade Universitária, bairro do Butantã, São Paulo (SP). 

A boa notícia é que a entrada ao Museu de Geociências da USP é gratuita, com visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone (11) 3091-3952 ou pelo e-mail mugeo@usp.br.

Museu Geológico tem conjunto de ossos de Titanossauros

Ossos e ilustração de dinossauro no Museu Geológico de São Paulo
Ossos e ilustração de dinossauro no Museu Geológico de São Paulo

Ainda na capital paulista, o destaque no Museu Geológico Valdemar Lefèvre (MUGEO) é o conjunto de onze ossos de Titanossauros. Eles eram grandes dinossauros herbívoros, que chegavam a pesar quase 10 toneladas. Os ossos foram encontrados no Pacaembu, na década de 1960.

Além disso, o Museu exibe ossos fossilizados de uma preguiça gigante (da região de Capão Bonito) e dentes de um mamute (de Águas de Lindóia), entre outros exemplares. A criação do Museu Geológico ocorreu em 1967 e hoje possui um acervo de 3,5 mil peças, que incluem rochas, minerais, fósseis e documentos antigos. 

É aberto ao público de terça-feira a domingo, das 9h às 17h (entrada até as 16h45), exceto feriados e vésperas de Natal e de Ano Novo. A entrada é gratuita. Fica no Parque da Água Branca, à Avenida Francisco Matarazzo, 455. Mais informações pelos telefones (11) 3673-6797 e (11) 3872-6358.

No interior de SP também tem museus para ver dinossauros

Em Itatiba também tem museu para ver dinossauros
Museu de história natural do Zooparque de Itatiba é o maior da América Latina

Entre as principais atrações da exposição permanente “Viagem pela Evolução e Biodiversidade do Mundo”, no Zooparque de Itatiba, estão esqueletos de “dinossauros brasileiros”.

A exposição é parte do museu de história natural, que foi inaugurado em 2020 e já detém o título de maior da América Latina. Por isso, mais uma das boas opções desta lista de museus para ver dinossauros em SP.

Já o Zooparque existe há mais de 20 anos e é considerado o maior zoológico particular do Brasil. Mas no Museu também é possível conhecer sobre a nossa pré-história, o período chamado de Era do Gelo, entre outros temas relacionados.

Só que para visitar o Museu é necessário comprar o ingresso que dá acesso a todo o parque. Os ingressos custam R $35 (crianças de 3 a 11 anos), R $80 adultos e R $40 para pessoas com mais de 60 anos, professores e estudantes com os devidos comprovantes. Crianças até 2 anos não pagam entrada. A venda de ingressos está disponível apenas online, na bilheteria do Zooparque na plataforma Sympla.

O Zooparque abre de terça-feira a domingo, das 9h às 17h, inclusive nos finais de semana e feriados. Fica no km 95,5 da Rodovia D. Pedro I, Paraíso das Aves. Mais informações pelos telefones (11) 4487-8883/ 8205, (11) 974.620.251 (WhatsApp) ou pelo e-mail zooparque@zooparque.com.br.

Museu em Marília tem fósseis de Titanossauros

Então, seguindo pelo interior de São Paulo, chegamos ao Museu de Paleontologia de Marília, inaugurado em 2004. No local, uma exposição permanente de fósseis do período Cretáceo (entre 65 e 80 milhões de anos atrás). O Museu é considerado uma das grandes atrações turísticas e culturais do Estado de São Paulo e do Brasil. 

Isso porque guarda fósseis de dinossauros como o Titanossauro, descobertos em 2009, um dos conjuntos mais completos já encontrados no país. As descobertas, a partir dos anos 1990, tornaram Marília um dos grandes sítios paleontológicos do Brasil e da América do Sul. 

O Museu de Paleontologia de Marília fica na Avenida Sampaio Vidal, 245. É aberto ao público de segunda à sexta-feira, das 11h30 às 17h30, com entrada gratuita. Mais informações pelo telefone (14) 3413-6238.

Vale dos Dinossauros no interior de São Paulo

Ossos de dinossauros também foram encontrados em outras cidades próximas a Marília, como Presidente Prudente e Araçatuba. Por isso, a região foi apelidada de Vale dos Dinossauros. Não à toa, já que o maior dinossauro brasileiro (Titanossauro Austroposeidon magnificus), com 25 metros de comprimento, foi encontrado em Prudente, nos anos 1950.

A descoberta de ovos de dinossauro com mais de 60 milhões de anos em Prudente foi anunciada no final do ano passado. Além disso, a ossada de um saurópode, com mais de 13 metros, foi encontrada neste ano, na pequena Alfredo Marcondes, vizinha de Prudente.

Museus para ver dinossauros: réplicas 3D em Monte Alto 

Esqueleto de dinossauro em Monte Alto
Esqueleto de dinossauro em Monte Alto

Em Monte Alto, a 356 km da capital, fica o Museu de Paleontologia “Prof. Antônio Celso de Arruda Campos”, inaugurado em 1992. O local abriga fósseis de dinossauros e outros animais extintos, descobertos na região de Ribeirão Preto.

Além de ver esqueletos de dinos gigantescos e réplicas impressas em 3D, no setor “Caminhos da Vida” é possível compreender a evolução e a diversidade de fósseis.

O Museu fica na Rua Quinze de Maio, s/n, no Centro. Aberto de terça-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 16h30, e aos sábados e domingos das 13h às 16h30. Mais informações pelo telefone (16) 3244-4060 ou pelo e-mail cultura@montealto.sp.gov.br.

Santo André tem esqueletos e réplicas de dinossauros

Réplicas e esqueleto de dinossauros em museu de Santo André
Réplicas e esqueleto de dinossauros em museu de Santo André

O Sabina Escola Parque do Conhecimento é um Centro de Ciências, em Santo André, onde pode-se ver esqueletos e réplicas de dinossauros. Além disso, tem um pinguinário, simuladores, um aquário, um jardim sensorial e um planetário.

Dessa forma, o objetivo do Sabina é difundir a história da evolução da vida na Terra através de exposições interativas e lúdicas. O Parque Sabina fica na Rua Juquiá, s/n (com entrada pela altura do nº 135). Os ingressos custam R $20 inteira e R $10 meia (não incluso o planetário).

Mas até a data desta publicação, a informação no site oficial era de que o Parque estava fechado devido à pandemia de Covid. Consulte antes de ir. Enquanto isso, pode fazer o tour virtual no Parque Sabina. Mais informações: pelo e-mail sabina@santoandre.sp.gov.br ou pelo telefone (11) 4422 2000.

Para quem gosta de tour virtual ou prefere pesquisar bem antes de planejar visitas a museus, vale conferir outra publicação nossa sobre museus brasileiros para ver sem sair de casa.

Réplicas de Abelissauro e Anhanguera em São Carlos

O Museu da Ciência Prof. Mário Tolentino expõe réplicas de esqueletos de um Abelissauro e de um Anhanguera (espécie de pterodáctilo que viveu no Brasil). Ambos são do período Cretáceo, há 112 milhões de anos. Além disso, os visitantes também podem ver experimentos de física e percorrer espaços interativos para a aprendizagem lúdica das ciências.

O endereço do museu é Praça Coronel Salles, s/n, no Centro. Funciona de terça a sexta-feira, das 8h às 17h30, com entrada gratuita. Mais informações pelo e-mail museudaciencia@saocarlos.sp.gov.br ou pelo telefone (16) 3307-6903. 

Descoberta de “Ave do Terror” motivou criação de museu em Taubaté

Esqueleto do Paraphysornis brasiliensis
Esqueleto do Paraphysornis brasiliensis, em exposição no Ibirapuera, em 2006

A descoberta do esqueleto de um animal pré-histórico, batizado de Paraphysornis brasiliensis, motivou a criação do Museu de História Natural de Taubaté, aberto desde 2004. Segundo os pesquisadores, essa espécie de ave gigante (2,40m de altura e 180 quilos), era carnívora. Por isso, foi apelidada de “Ave do Terror”. Ela viveu no Vale do Paraíba há 23 milhões de anos.

Quem encontrou os ossos do animal foi o cientista Herculano Alvarenga, nos anos 1970, na vizinha Tremembé. A Fundação de Apoio à Ciência e Natureza (FUNAT) administra o Museu, com um acervo de milhares de peças, desde grandes animais até pequenos insetos.

O Museu de História Natural de Taubaté fica na Rua Juvenal Dias de Carvalho, 111, no Jardim do Sol. Funciona de terça-feira a domingo (exceto feriados), das 9h30 às 17h, com ingressos a R $20 (inteira) e R $10 (meia). Mais informações pelo telefone (12) 3631-2928.

Museu em Uchoa tem fósseis de quatro espécies de dinossauros

Réplica: em Uchoa tem museu para ver dinossauro
Réplica de dinossauro em Uchoa

Nada menos do que quatro espécies de dinossauros (o Megaraptora, o Thanos simonattoi, o Maniraptora e o Titanossauro) podem ser vistas em fósseis no Museu de Paleontologia Pedro Candolo, em Uchoa. Eles foram descobertos na região de São José do Rio Preto, só que o total de fósseis do acervo passa de setecentos.

Mas os paleontólogos também encontraram insetos, fósseis de peixes e de crocodilos pré-históricos, além de uma mini tartaruga. Ao todo, foram mais de três décadas de pesquisas científicas até a criação do museu, inaugurado em 2016.

O Museu fica na Praça Farmacêutico Bruno Garisto, s/n. Mais informações pelo telefone (17) 3101-1174 ou pelo e-mail museupedrocandolo@gmail.com. 

Museus para ver dinossauros: pegadas a céu aberto em Araraquara

Esqueletos de dinossauros em museu de Araraquara
Museu de Araraquara guarda esqueletos de dinossauros

Araraquara tem um museu de pegadas de dinossauros a céu aberto, a Alameda dos Oitis, no Centro. Mas no Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara (MAPA) também pode-se ver uma coleção de pegadas conhecida mundialmente e fósseis de dinossauros. 

Embora tenha sido inaugurado em 2008, o Museu já conta com um acervo com 90 mil peças de arqueologia, vindas de várias cidades do estado. Muitos exemplares expostos são icnofósseis (pegadas de dinossauros e mamíferos, além de traços de invertebrados) preservados em lajes de arenito.

Então, anote aí o endereço do MAPA: Rua Voluntários da Pátria, esquina com a Avenida Portugal, Centro. A visitação é às segundas-feiras, das 13h às 17h30; de terça à sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 17h30; e aos sábados, das 9h às 12h. Mais informações pelo telefone (16) 3332-4933.

Referências: Reportagem e edição da jornalista Michele da Costa, com informações e imagens da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, informações e imagens disponíveis nos sites oficiais dos museus nos dias 12 e 13 de Maio de 2022. Direitos reservados.